quinta-feira, 4 de abril de 2013

Tortura psicológica em plena perícia médica no Estado do Ceará. Tudo foi gravado




 
MAIS UM ABUSO DA PERÍCIA MÉDICA DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ.
E COM A MESMA PESSOA, A POLICIAL ANA PAULA BRANDÃO

Saudações templárias,

No dia de 2 de abril mais uma vez ocorreu um abuso da Perícia Médica da Polícia Militar. E mais uma vez em cima da Soldado Ana Paula brandão, que passa por problemas psicológicos. Por que ela? Porque ela lutou por dignidade. Porque enfrentou o Sistema.

O áudio que vocês ouviram se passou em um momento em que ela deveria estar passando por uma avaliação médica. Porém, ao chegar no local, outra situação se formou.  Ela foi encaminhada ao Coordenador de Perícia Médica, Cel. Francisco de Assis Barreto, que ao invés de avaliar sua saúde passou a tortura-la com um interrogatório por conta de um artigo que eu fiz em defesa dela semanas antes, pois o estado chamou um psiquiatra para pô-la apta com o fim de expulsá-la. (link do nosso artigo que foi usado no interrogatório: (http://www.blogdocavaleirotemplario.blogspot.com.br/search?updated-max=2013-03-04T10%3A47%3A00-03%3A00&max-results=10&start=30&by-date=false)

A tortura passada pela policial é reveladora e mostra como estão sendo tratados os policiais doentes da Corporação pelo Comandante Werisleik Matias, que não se cansa de caluniar seus subordinados que lutam por um pouco de dignidade com o fim sádico de prejudicá-los (de preferência se estiverem doentes).

Ouçam vocês que ela não estava só com o Coronel, mas estava lá o médico psiquiatra Arão Zvi Pliacekos, ele mesmo! O incompetente que a colocou apta para o serviço ativo sem que a mesma tivesse a mínima condição de retorno. O mesmo ainda falou, após ela dizer que aquela junta especial que foi formada para avalia-la era para deixa-la apta para expulsão, que “ era melhor ela ser expulsa como sã que ser expulsa como doente”. As palavras se repetem nessa gravação.

O Coronel  Francisco de Assis Barreto começou mostrando minha publicação e afirmação de que o médico psiquiatra foi contratado para pôr aptos os policiais militares para expulsá-los. Onde está a mentira?

Todos os PPMM que estavam na Assembleia do dia 3 de janeiro, que estão de licença médica e com inquéritos concluídos poderão passar por essa reavaliação, pois o responsável pelos Inquéritos Policiais Militares SUGERIU A IMEDIATA REAVALIAÇÃO DE TODOS OS QUE ESTÃO DE LICENSA MÉDICA. Por quê? O que ele viu para pedir isso? Ele é médico psiquiatra? Quem é ele? Tenente Coronel Paulo Sérgio, atual comandante do Ronda do quarteirão. Outro incompetente  (também responsável pelo fracasso do Programa Ronda).

O Cel. Francisco de Assis Barreto chega a dar a impressão que ela tinha alguma coisa a ver com a minha postagem (lembrando que ela estava lá para ser avaliada pelo médico e passou por esse processo de interrogatório).  Disse que há muito tempo batalhava por um psiquiatra para ficar lá na Perícia Médica. Ora, quem acompanha nossas publicações pelo facebook sabe que fomos nós que ‘batemos em cima disso’.  Com a ajuda dos nossos amigos descobrimos que não havia um médico psiquiatra para avaliar os policiais que estavam com problemas psicológicos. Certo, conseguiram, mas por que coloca-lo na situação de subserviente à vontade sádica do Comandante Geral de perseguir os policiais doentes? Ora, o próprio Cel. Barreto, nesse áudio, chega a afirmar que a briga política é muito grande. Despercebido, deixou soltar o verdadeiro propósito daquela tortura. Além do mais, o Cel. Werisleik Matias odeia essa policial, pois ela, pelo que soube, não aceitava ser tratada sem dignidade, coisa que é próprio desse Comandante Geral (tratar seus subordinados indignamente).

Vejam por exemplo o que ele fala no áudio sobre um ofício enviado à junta, pelo Comando da Corporação, dizendo que ela ainda estava exercendo a função de diretora de uma associação de policiais. A mesma rebate, corretamente e provando a perseguição e a incompetência desse Coronel Francisco de Assis Barreto, que ela já tinha anexado um documento de afastamento das funções de diretora nos autos do seu processo administrativo (existem vários contra ela, todos por conta de luta por direitos).

No final o Dr. Arão Zvi ainda fala que não tem intenção de prejudicar ninguém, mas o que ele fez com essa policial não foi um mal? Ele a pôs apta SABENDO QUE ELA NÃO PODERIA VOLTAR AO SERVIÇO, NEGANDO O LAUDO DE OUTRO MÉDICO PSIQUIATRA QUE A ESTAVA TRATANDO. No auge da pressão ela fala de policiais que fingem estar doentes para cometerem crimes. Um desabafo que gerou uma crítica desrespeitosa contra uma pessoa com problemas psicológicos. Ele disse que ela seria conivente com esses crimes, pois não denunciaria. Ora, pelo amor de Deus! Esse Coronel, além de não merecer as estrelas que tem nos ombros, ainda não merece ser chamado de médico (por isso não o chamei de doutor uma única vez aqui).

Psiquiatra Arão Zvi Pliacekos: responsável por avaliar a Ana paula Apta para o Serviço sem que ela tivesse condições
 Mas não termina por aí não! O vídeo que está mais abaixo mostra a o marido, Márcio Cruz (Vereador de Fortaleza), da Ana Paula na Perícia, após saber do constrangimento que sua esposa estava passando.

Esse é o rosto (no vídeo) do incompetente coronel que é coordenador da Perícia Médica do Estado do Ceará. Vejam que  dá pra ver que ele fez um print da minha publicação aqui no blog para constranger a policial. Seu marido fala, acertadamente, que o que ele deveria ter feito era avaliar o atestado médico dela e não  um interrogatório.

Ouçam esse Coronel dizer que não sabe o que é um PAD (Processo administrativo Disciplinar). Uma vergonha para a Corporação ter um Oficial dizer uma coisa dessas. Realmente é um veste farda esse homem.

Leitores, após esse episódio dentro da sala desse coronel, o Márcio Cruz foi aplaudido pelos demais policiais que estavam esperando serem atendidos. Merecidamente. O fato é que por diversas vezes temos recebido reclamações sobre o comportamento desse Coordenador sobre sua postura em desfavor de quem precisa de ajuda. Aliás, segue o mesmo ritmo do comandante Geral da Polícia Militar, pois este tem uma ‘sede’ sádica de prejudicar e perseguir quem está doente. Chegou mesmo a tentar ter acesso aos laudos médicos no Centro biopsicossocial da Corporação, que só conta com uma única psicóloga e nada mais, para aterrorizar os PPMM que ali se tratavam. O coronel Werisleik Matias também chegou a abrir uma sindicância para investigar os policiais que estavam de licença médica, assim como também mandou transferir vários de seus quarteis, ou abrir processos administrativos para alguns que estudavam (tentando preencher a cabeça com outras coisas com o fim de recuperarem-se). Envia também oficiais para as casas desses homens e mulheres para monitorá-los, além de outros abusos.

Cel. Francisco de Assis Barreto rasgando o print que fez da notícia-denúncia de nosso blog
O Comandante Geral da Polícia Militar do Ceará deve sentir mesmo é orgasmo ao prejudicar ainda mais os doentes da Corporação.  

Quanto ao Médico Psiquiatra Arão Zvi, este deveria se envergonhar por servir tão bem aos propósitos mesquinhos da cúpula da Polícia Militar. Deveria redimir-se tentando tratar esses doentes e não ser subserviente a esses coronéis que se acham os melhores e mais poderosos homens do mundo por terem estrelas nos ombros, mas são estúpidos, arrogantes e torturadores, tanto quanto foram seus iguais na época da Ditadura Militar (sem generalizações).

        


Testemunho dos momentos cruéis passados pelo soldado Ana Paula divulgado em seu  perfil no facebook

“Bom dia aos meus queridos amigos do facebook, policiais e bombeiros militares, amigos enfermeiros e enfermeiras, fisioterapeutas, guardas municipais, policiais civis...

Hoje eu estou um pouco melhor do que ontem, por isso resolvi sentar para escrever o que aconteceu comigo ontem na junta militar de saúde. Talvez algumas pessoas me critiquem porque resolvi compartilhar este momento, ou talvez não. O importante será o enfrentamento, pois se eu não lutar contra essa situação muitas pessoas ainda poderão passar por isso, e nunca chegaremos a um momento de paz!

Todos sabem da minha situação na PMCE. Em maio de 2012 eu entrei de Licença para Tratamento de Saúde, pois não aguentava mais tanta perseguição, não por parte do meu comandante imediato, mas por parte do auto escalão da PMCE, afinal de contas já são 5 Inquéritos Policial Militar –IPM. Dois destes com denúncia de crime para o Ministério Público Militar, se condenada for, eu e os demais companheiros pegaremos uma condenação muito alta. Tudo bem, se esse for o destino que eu deverei cumprir.

Sindicâncias já foram várias, inclusive uma para analisar se minha licença era verdadeira. PAD são dois, um que foi anistiado no ano passado e um que ainda esta em trâmite na controladoria. Sem contar, as vezes que percebo que estou sendo seguida e fotografada. Tudo bem, mas vamos ao que interessa!

No dia 26 de fevereiro fui convocada para comparecer à junta médica para ser reavaliada com a presença de um psiquiatra. Então, compareci na presença de minha advogada Mariayda Faria; passei a manha lá, entrei e sai da sala de inspeção umas três vezes. Enquanto isso, os demais pacientes esperavam para ser atendidos e não entendiam o porquê de tantas entradas e saídas. Os peritos que não são psiquiatras ao ver minha situação ficaram estarrecidos, mas ficaram na dúvida se suspendiam ou não minha licença, mas com parecer do psiquiatra a decisão foi tomada e eu apenas recebi o parecer de “apto”, sai aos prantos e relatei a conversa para muitos amigos que encaminharam meu caso para o fake do facebook cavaleiro templário.

Este resolveu fazer uma nota de repúdio a respeito do caso e esta nota circulou pelas redes sociais durante alguns dias. Logo depois que sai da junta médica me ligaram da controladoria pra me apresentar no QCG. Nesse período eu tive umas reações físicas como febre e muita dor cabeça e não me apresentei no QCG. Foi então que chegou o dia de minha consulta com meu médico, o mesmo ao me avaliar me deu o parecer que eu não poderia voltar ao trabalho por tempo indeterminado. Neste mesmo período, a Dra. Mariayda entrou com um recurso contra a junta médica, mas a resposta do pedido não veio. Dessa forma, eu tive que agendar novamente um dia para ir conversar com os peritos e este dia foi ontem, 02 de abril de 2013.

Desloquei-me para junta com meu companheiro da guarda municipal, Orleando, pois não estou mais dirigindo. Ao chegar fui informada que eu esperasse que o Cel. Barreto teria que ser informado que eu estava lá. Assim, fiquei aguardando e pensando se quem iria me avaliar seria o coordenador. Por volta de 11h o tenente da junta médica me chamou e percebi que ele tinha em sua mão uma impressão com minha foto, então eu coloquei meu celular para gravar.

Ao chegar na sala minha intuição estava certa. O tenente me mandou entrar e lá estavam o Cel. Barreto e o psiquiatra da junta médica que me deu laudo apto dias antes e, pasmem, com as impressões do cavaleiro templário. Perguntou-me se eu tinha relação com aquela publicação, pois a foto era minha e que iria contatar o secretário de planejamento e gestão do Estado para informar o caso e se resguardar, pois o nome do Estado tinha sido citado. Eu falei que a publicação era de um fake e que não tinha sido eu. O coronel repetia o que eu dizia, tive a impressão de zombaria. O médico psiquiatra que me avaliou como apta dias antes disse que não me conhecia e que não tinha intenção de me prejudicar, mas aquela publicação tinha lhe magoado. Eu fiquei abismada quando percebi que aquilo na verdade era um INTERROGATÓRIO COM PORTAS TRANCADAS. Disse que meu nome tinha sido envolvido. E por isso eu estava sendo interrogada daquele jeito? Eu falei que eu não tenho condições de ficar na corporação por conta das perseguições. Aquela situação de tentar me intimidar me deixou muito triste, pois eram dois médicos, um perito e um psiquiatra. Por um instante, cheguei a lembrar de alguns livros que li da época da ditadura militar. Para terminar a conversa, o mesmo falou que iria acatar o pedido da minha advogada de uma junta superior e que eu deixasse o número do meu telefone para que ele me ligasse quando tivesse falado com o secretário. Nesse momento, em que eu já estava chorando, o meu marido, Márcio Cruz, me ligou e cortou a gravação. Na ligação o Márcio percebera que eu estava chorando e se deslocou da Câmara Municipal (pois é vereador de Fortaleza) para a junta médica para conversar com o coordenador. Quando ele chegou eu estava no carro, pois não queria que meus companheiros de farda me vissem chorando e o segundo momento está em imagens.

EU NUNCA ME SENTI TÃO HUMILHADA, INTIMIDADA! AGORA MAIS DO QUE NUNCA EU TEREI QUE DIVULGAR ESSA SITUAÇÃO!

EU CLASSIFICO UM ÚNICO CULPADO NESSA SITUAÇÃO: O SISTEMA MILITARIZADO DAS POLÍCIAS ESTADUAIS ADEQUADO AOS MANDOS E DESMANDOS DO ALTO ESCALÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA.”

Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam

  


Um comentário:

  1. Esse Dr Barreto, diretor da pericia médica, se não me falha a memoria ele é pediatra e não tenho conhecimento de nem um psiquiatra dentro da pericia médica com competência para tratar de casos como esse, então eu pergunto, onde esta os direitos humanos, o ministério público ou sei lá qual é o orgão competente para acompanhar esse caso e dar uma solução com transparência e acabar com essa falta de respeito com os pms do ceara.

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